PANORAMA GLOBAL SOBRE BURNOUT EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

  • Erika Cristina de Carvalho Silva Pereira Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Rogério Gonçalves de Freitas Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2019.9825

Palavras-chave:

Trabalho docente, Burnout, Educação Física

Resumo

Nos últimos anos, a síndrome de Burnout tem se alastrado quase que como uma epidemia em professores em todo o mundo. Expectativas e realizações no trabalho chocam-se com a realidade e produzem frustrações. Este elaborado teve como objetivo investigar os elementos causais e efeitos do Burnout em professores de Educação Física a partir das prevalências dessa síndrome em estudos realizados no Brasil e em alguns países do mundo. Além disso, relacionou o avanço da síndrome com o fenômeno de precarização do trabalho global. A análise dos dados teve como base o Materialismo Histórico dialético. A pesquisa foi de natureza bibliográfica, com abordagem qualitativa sobre os dados obtidos. Concluiu que a precarização do trabalho docente está em todo lugar e que a síndrome de Burnout em professores de Educação Física apresenta similitudes entre professores dessa disciplina em todo o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Erika Cristina de Carvalho Silva Pereira, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Atualmente é Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Pará (PPGED/ UFPA). Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal do Maranhão (2012). Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional com Docência no Ensino Superior pela FAEME (2015). Estudando Pós-graduação em Pedagogia da Cultura Corporal na Universidade do Estado do Pará (2016).

Rogério Gonçalves de Freitas, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutor em sociologia pela Università degli Studi di Napoli Federico II- Itália (2015). Mestre em sociologia pela Universidade Federal do Pará (2010) e especialista em docência do Ensino Superior pela UFPA (2008). Licenciado em Educação Física pela Universidade do Estado Pará UEPA (2007). Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará. 

Referências

BAI, N. The relationship between school organizational climate and physical education teachers' burnout (Case study: Ramian-Iran). European Journal of Experimental Biology, v. 4, n. 1, p. 600-602, 2014.

BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T. O estado da arte do Burnout no Brasil. Revista Eletrônica Interação Psy, ano 1, n. 1, p. 4-11, ago. 2003.

BOTH, J.; NASCIMENTO, J. V. Condições de vida do trabalhador docente em Educação Física do magistério público municipal de Florianópolis. Caderno de Educação Física, Marechal Cândido Rondon, v. 9, n. 16, p. 11-28, 1. sem., 2010.

BOURDIEU, P. La précarité est aujourd'hui partout: intervention lors des rencontres européennes contre la précarité. Grenoble, p. 12-13, dez. 1997.

BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: MS, 2001. 580 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos, n. 114).

BREMM, L. T.; DORNELES, C. I. R.; KRUG, M. M. Síndrome de Burnout em professores de Educação Física. Revista Biomotriz, v. 11, n. 2, p. 66-83, ago. 2017.

BROUWERS, A.; TOMIC, W.; BOLUIJT, H. Job demands, job control, social support and self-efficacy beliefs as determinants of burnout among physical education teachers. Europe’s Journal of Psychology, v. 7, n. 1, p. 17-39, 2011.

BRUDNIK, M. Macro-paths of Burnout in Physical Education Teachers and Teachers of Other general subjects. Studies in physical culture and tourism, v. 17, n. 4, p. 353-365, 2010.

BRUDNIK, M. Professional Burnout in Female and Male Physical Education Teachers – a four-phase typological model. Human Movement, v. 12, n. 2, p. 188-195, 2011.

CASTILLO, I. et al. Passion for teaching, transformational leadership and burnout among physical education teachers. Journal of Sport Psychology, v. 26, n. 3, p. 57-61, 2017.

CIESLINSKI, R.; SZUM, E. Burned out or just frustrated? Reasons why physical educations teachers leave their profession. Physical Culture and Sport Studies and Research, v. 63, p. 29-35, 2014.

COLAKOGLU, F. F.; YILMAZ, T. Burnout levels of physical education teachers according to personal factors. Procedia – Social and Behavioral Sciences, n. 152, p. 409-414, 2014.

COSTA, A. Entre a dilapidação moral e a missão redentorista: o processo de alienação no trabalho dos professores do ensino básico brasileiro. In: COSTA, A.; FERNANDES NETO, E.; SOUZA, G. A proletarização do professor: neoliberalismo na educação. São Paulo: Sundermann, 2009.

FARSANI, M. S.; AROUFZAD, S.; FARSANI, F. A. Relação entre burnout com saúde mental e traços de personalidade entre professores de Educação Física. European Journal Experimental Biology, v. 2, n. 6, p. 2140-2144, 2012.

FREITAS, R. G. de. As condições de vida no trabalho e a saúde de professores de educação física do município de Belém. 2010. 114 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2010.

HA, Jae-Pil; KING, K. M.; NAEGER, D. J. The impact of burnout on work outcomes among South Korean physical education teachers. Journal of Sport Behavior. v. 34, n. 4, p. 343-357, dez. 2011.

HARVEY, D. A Brief History of Neoliberalism by David Harvey, Oxford University Press, 2005, 256 p.

KIM, J.; YOUNGS, P.; FRANK, K. Burnout contagion: Is it due to early career teachers' social networks or organizational exposure? Teaching and Teacher Education, n. 66. p. 250-260, 4 abr. 2017.

KUMAR LK, J.; MANOJ, TI. Burnout: as diferenças de magnitude e gênero entre professores de Educação Física nas escolas de ensino fundamental, superior e secundário do Estado de Kerala, Índia. International Journal of Physical Education, Sports and Health, v. 4, n. 4, p. 468-471, 2017.

MARX, K. Manuscritos econômicos filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2004.

MASLACH, C.; JACKSON, S. E. The measurement of experienced burnout. Journal of Occupational Behavior, New Jersey, v. 2, p. 99-113, 1981.

MASLACH, C.; SCHALFELI, W. B.; LEITER, M. P. Job Burnout. Annual Review of Psychology, Palo Alto, v. 52, p. 397­422, 2001.

ÖLMEZ, E.; ÇAKMAK, U.; KEPOĞLU, A. The relationship between occupational burnout levels of job satisfaction of Physical Education Teachers in the case of Muğla Province. International Journal Physical Education Fitness Sports, v. 7, n. 1, p. 6-10, 2018.

PANAGOPOULOS, N.; ANASTASIOU, S.; GOLONI, V. Professional Burnout and Job Satisfaction among Physical Education Teachers in Greece. Journal of Scientific Research & Reports, v. 3, n. 13, p. 1710-1721, 2014.

PÊGO, F. P. L.; PÊGO, D. R. Síndrome de Burnout. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, n. 14 (2), p. 171-6, 2016.

PIRES, D. A.; MONTEIRO, P. A. P.; ALENCAR, D. R. Síndrome de Burnout em professores de Educação Física da região nordeste do Pará. Pensar a Prática, Goiânia, v. 15, n. 4, p. 821­1113, out./dez. 2012.

SALGADO, S. S.; SALLES, F. L.; ALVES, C. F. A. A Educação Física e os fatores estressores do cotidiano escolar: situando professores e gestores. Motrivivência, ano XXIV, n. 39, p. 92-100, dez. 2012.

SÁNCHEZ-OLIVA, D. et al. Motivación y burnout en profesores de educación física: incidencia de la frustración de las necesidades psicológicas básicas. Cuadernos de Psicología del Deporte, v. 14, n. 3, p. 75-82, 2014.

SANTINI, J.; MOLINA NETO, V. A síndrome do esgotamento profissional em professores de Educação Física: um estudo na rede municipal de ensino de Porto Alegre. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 209-22, jul./set. 2005.

SANTINI, J. Síndrome do esgotamento profissional: revisão bibliográfica. Movimento, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 183-209, jan./abr. 2004.

SILVA, M. E. P. da. Burnout: por que sofrem os professores? Estudos e pesquisas em Psicologia, UERJ, Rio de Janeiro, ano 6, n. 1, 1. sem. 2006.

SINOTT, E. C. et al. Síndrome de Burnout: um estudo com professores de Educação Física. Movimento, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 519-539, abr./jun. 2014.

SPITTLE, M.; KREMER, P.; SULLIVAN, S. Burnout in secondary school physical education teaching. Physical Education and Sport, v. 13, n. 1, p. 33-43, 2015.

TAPPER, J. Burned Out: why are so many teachers quitting or off sick with stress? The Guardian. United Kingdom, 13 maio 2018. Disponível em: https://www.theguardian.com/education/2018/may/13/teacher-burnout-shortages-recruitment-problems-budget-cuts. Acesso em: 1 jun. 2018.

TSIGILIS, N.; ZOURNATIZI, E.; KOUSTELIOS, A. Burnout among physical education teachers in primary and secondary school. International Journal of Humanities and Social Science, v. 1, n. 7, p. 53-58, jun. 2011. Edição especial.

VALÉRIO, F. J.; AMORIM, C.; MOSER, A. M. A síndrome de Burnout em professores de Educação Física. Revista de Psicologia da IMED, v. 1, n. 1, p. 127-136, 2009.

YILDIRIM, I. The Correlation between Organizational Commitment and Occupational Burnout among the Physical Education Teachers: the Mediating Role of Self-Efficacy. International Journal of Progressive Education, v. 11, n. 3, p. 119-130, out. 2015.

Downloads

Publicado

2019-08-29

Como Citar

PEREIRA, E. C. de C. S.; FREITAS, R. G. de. PANORAMA GLOBAL SOBRE BURNOUT EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 28, n. 2, p. 97–111, 2019. DOI: 10.35699/2238-037X.2019.9825. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/9825. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.